Berrante amigo que ali tá pendurado
Meu companheiro das jornadas do passado
Das comitivas, seus tropeiros e boiadas
Quanta saudade ia comigo nas estradas
Quanta lembrança eu revivo em minha mente
Dos velhos tempos, o chão batido das estradas
Longe se ouvia num compasso alucinante
A marcha firme do pisado da boiada
Bem lá na frente repicava com destreza
O velho toque do berrante sempre amigo
Determinando as passagens com clareza
Ia seguro o meu gado sem perigo
Berrante amigo, olhando firme essa parede
Onde agora por você se faz morada
Volto à memória com os olhos marejados
Recordo os tempos dos galpões e da peonada
Vive em meu sonho seu famoso repicado
Vai ecoando nos confins das invernadas
Uê boi! Era meu grito mais na frente
Pondo em marcha a boiada na estrada
Uê boi! Era meu grito mais na frente
Pondo em marcha a boiada na estrada